segunda-feira, 25 de junho de 2012

Ararinha-azul (Cyanopsitta spixii)


 Ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) 
Foto: Patrick Pleu


Devido à perda de seu habitat e, principalmente, ao tráfico ilegal, a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), encontra-se Em Perigo Crítico de extinção segundo a Lista Vermelha da IUCN (IUCN, 2012). Atualmente, a população total da espécie é composta por 93 indivíduos em cativeiros, sendo que 87destas aves estão em instituições fora do Brasil (CALHEIROS, 2012). O último exemplar selvagem que vivia nos sertões da Bahia, Curaçá, foi visto pela última vez em outubro de 2000, sendo então declarado extinto na natureza em julho de 2002.
Diante desse estado crítico que a espécie se encontra, nos dias atuais existem esforços para aumentar o número de indivíduos cativos, visando novas tentativas de reintrodução no Vale do São Francisco e em outros locais do semi-árido (SIGRIST, 2009).

INFORMAÇÕES BÁSICAS

Distribuição Geográfica:

Curaçá, Bahia, Brasil.
Fonte: Wikimedia Commons, 2006.






Aparentemente endêmica de veredas úmidas das caatingas nordestinas, mais precisamente num lugarejo a noroeste do estado da Bahia, chamado Curaçá (BA), onde era mais avistada (SIGRIST, 2009).

Alimentação:
Sementes de Caraibeiras (Tabebuia caraíba), Pinhão (Jatropha mallissima), Faveleira (Cridoscolus phyllacanthus) e Baraúna (Schinopsis brasililiensis). Além de alguns frutos e brotos de plantas.

Reprodução:
Consta que nidificava em caraíbeiras (Tabebuia caraíba), em ocos naturais ou feito por pica-paus (SIGRIST, 2009).


Nidificação em ocos naturais ou feito por pica-paus.

As poucas aves que ainda restam em cativeiro atingiram em média sua maturidade sexual entre os quatro e cinco anos, pondo uma média de três a quatro ovos, obtendo-se uma boa evolução de reprodução nos últimos anos, que nos possibilita ter ainda esperança de poder salvar esta espécie de sua total extinção, que é um risco eminente aja em vista que na natureza isso já aconteceu.

Particularidades:
Ave de um azul encantador único, variando em tons pálidos e vividos ao longo do corpo, pondo-a entre as mais belas da natureza e de beleza indescritível. Porte médio, medindo num todo entre 30 a 56 cm, com cauda de 35 cm e 350 g de peso. Quando em liberdade fazia seus ninhos em ocos de árvores e principalmente na Caraibeira (Tabebuia caraíba), podendo assim perceber a importância da preservação não só da ararinha, mas de todo o seu habitat.


Alessandro Abreu
Mariana Lorenzo


Referências Bibliográficas:

SIGRIST, Tomas. Guia de Campo Avis Brasilis – Avifauna Brasileira: Descrição das Espécies. São Paulo: Avis Brasilis, 2009. Pg. 86.


The IUNC Red List of The Threatened Species. Cyanopsitta spixii. 2012. Disponível em: <http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/106001546/0>.