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Ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) Foto: Patrick Pleu |
Devido à perda de seu habitat e, principalmente, ao
tráfico ilegal, a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii),
encontra-se Em Perigo Crítico de
extinção segundo a Lista Vermelha da IUCN (IUCN, 2012). Atualmente, a população
total da espécie é composta por 93 indivíduos em cativeiros, sendo que 87destas
aves estão em instituições fora do Brasil (CALHEIROS, 2012). O último exemplar selvagem que vivia nos
sertões da Bahia, Curaçá, foi visto pela última vez em outubro de 2000, sendo
então declarado extinto na natureza em julho de 2002.
Diante desse estado crítico que a espécie se encontra,
nos dias atuais existem esforços para aumentar o número de indivíduos cativos,
visando novas tentativas de reintrodução no Vale do São Francisco e em outros
locais do semi-árido (SIGRIST, 2009).
INFORMAÇÕES BÁSICAS
Distribuição Geográfica:
Aparentemente endêmica de veredas úmidas das caatingas
nordestinas, mais precisamente num lugarejo a noroeste do estado da Bahia,
chamado Curaçá (BA), onde era mais avistada (SIGRIST, 2009).
Alimentação:
Sementes de Caraibeiras (Tabebuia caraíba), Pinhão (Jatropha
mallissima), Faveleira (Cridoscolus
phyllacanthus) e Baraúna (Schinopsis
brasililiensis). Além de alguns frutos e brotos de plantas.
Reprodução:
Consta que nidificava em
caraíbeiras (Tabebuia caraíba), em
ocos naturais ou feito por pica-paus (SIGRIST, 2009).
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Nidificação em ocos naturais ou feito por pica-paus. |
As poucas aves que ainda restam em cativeiro atingiram em
média sua maturidade sexual entre os quatro e cinco anos, pondo uma média de
três a quatro ovos, obtendo-se uma boa evolução de reprodução nos últimos anos,
que nos possibilita ter ainda esperança de poder salvar esta espécie de sua
total extinção, que é um risco eminente aja em vista que na natureza isso já
aconteceu.
Particularidades:
Ave de um azul encantador único, variando em tons pálidos e vividos ao longo do corpo, pondo-a
entre as mais belas da natureza e de beleza indescritível. Porte médio, medindo
num todo entre 30 a 56 cm, com cauda de 35 cm e 350 g de peso. Quando em liberdade
fazia seus ninhos em ocos de árvores e principalmente na Caraibeira (Tabebuia caraíba), podendo assim perceber
a importância da preservação não só da ararinha, mas de todo o seu habitat.
Alessandro Abreu
Mariana Lorenzo
Referências
Bibliográficas:
SIGRIST, Tomas. Guia
de Campo Avis Brasilis – Avifauna Brasileira: Descrição das Espécies. São
Paulo: Avis Brasilis, 2009. Pg. 86.